Diferente da visão que muitos estão tendo de John Textor, o Senador Carlos Portinho tem analisado todos os lados dos depoimentos da CPI das manipulações e apostas esportivas no futebol brasileiro. Segundo ele, a situação é bastante preocupante.
Portinho vê que os depoimentos não estão sendo analisados da maneira como deveriam e que “portas estão abertas” em um momento onde não se pode. O Senador “criticou” o depoimento de Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF:
“Muito preocupado. Porque isso veio em denúncia de John Textor, em jogo específico, veio clubismo de alguns, porque é contra o Palmeiras ou Botafogo, isso não é o mais importante. Também não é mais importante se foi falta ou não foi, porque isso é interpretação. A importância que vejo na denúncia de Textor, e que se confirmou, é que nem todos os frames são enviados a campo. Isso acho grave porque pode ter ocorrido em muitos outros jogos, o VAR selecionar as imagens que quer mandar a campo. É questão técnica, Seneme tem que se debruçar, pode ter sido por erro, pode ter sido por desnecessidade, mas pode também ter acontecido em muitos jogos a cabine do VAR ter selecionado.” – iniciou.
CPI está analisando tudo
Diferentemente de como a situação tem sido levada nas redes sociais, na CPI nada está definido e tudo vem sendo analisado. O Senador ainda fez questão de falar sobre o futebol atual e como as apostas podem influenciar:
“O futebol hoje, com as apostas principalmente, não pode ter uma porta aberta. O papel da CPI é fechar todas as portas. Estamos vivendo lei de apostas, que diziam que era para arrecadar, e até agora não tem nem regulamentação. Continua tudo como antes. E, pior, o futebol tem por diversas vezes tido a credibilidade ameaçada por manipulação de apostas. Antes tivemos caso de manipulação de resultados, agora tem concorrência danosa da manipulação de apostas.” – disse.
Carlos Portinho se mostrava bastante preocupado e até mesmo chateado com tudo o que foi visto nesta quinta-feira, dia 6. O Senador também se mostrou bastante grato e entender o que John Textor quer implantar no futebol brasileiro.