Quarentinha: O maior artilheiro da história do Botafogo

Reprodução/Botafogo

Waldir Cardoso Lebrêgo, mais conhecido como Quarentinha, é o maior artilheiro da história do Botafogo de Futebol e Regatas, com 333 gols em 414 jogos. Com pensamento estranho de não comemorar os gols, Quarentinha encheu os corações alvinegros de alegrias com os feitos nas décadas de 50 e 60. O atacante atuou no Botafogo de 1954 a 1964.

Nascido em Belém, Pará, no 15 de setembro de 1933, Quarentinha começou no futebol pelo Paysandu, clube do pai. Ainda jovem, com 16 anos, já era titular e fazedor de gols. Aos 20 anos, em 1953, foi para o Vitória (BA), onde foi campeão baiano naquele ano.

Até chegar no Botafogo em 1954, Quarentinha atuou por Paysandu e Vitória, sendo contratado pelo clube carioca. Com 333 gols em 414 jogos, Quarentinha foi campeão carioca três vezes, em 1957, 1961 e 1965. E duas vezes do Torneio Rio-São Paulo, em 1962 e 1964. Entre os anos de 1958 e 1960, o centroavante foi artilheiro três vezes seguidas do campeonato carioca, marcando 72 gols nas três edições.

Apesar de amar balançar as redes, Quarentinha tinha o hábito de não comemorar os gols, o que irritava a torcida. Para ele, não existia motivo para tanto, já que era pago para isso.

Fã do futebol de Quarentinha, o jornalista Armando Nogueira o considerava como um chutador temível. “Quarentinha, eu o vi jogar muitas e muitas vezes. Era um chutador temível, um atacante de respeito, que fazia tremer os goleiros, fossem quem fossem. Tinha na canhota o que, então, se chamava um canhão. Chutava muito forte, principalmente, bola parada. Era de meter medo”, afirmou o jornalista.

“Nos jogos Botafogo-Santos, era ele, de um lado, o Pepe, do outro. Ai de quem ficasse na barreira. Quarentinha nasceu no Pará, filho de um atacante que lhe herdou, intactos, o chute poderoso e o apelido. Não sei se o pai era tão tímido quanto o filho. Quarentinha jamais celebrou um gol, fosse dele ou de quem fosse. Disparava um morteiro, via a rede estufar, dava as costas e tornava ao centro do campo, desanimado como se tivesse perdido o gol”, disse Armando Nogueira.

O jogador, além de maior artilheiro da história do Botafogo, é o maior artilheiro do clássico Botafogo x Vasco.