Péssima notícia envolvendo John Textor e o Botafogo
Após as recentes declarações do empresário John Textor, dono da SAF Botafogo, sobre supostas manipulações de resultados no futebol brasileiro, o colunista do jornal “O Globo”, Rodrigo Capelo, lançou duras críticas, afirmando que as acusações depreciaram a imagem do Botafogo.
Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Botafoguense.
Colunista critica Textor por acusações sem provas: ‘Botafogo é depreciado sem evidências’
Em um texto incisivo, Capelo destacou a gravidade das alegações feitas por Textor, ressaltando que tais acusações sem provas só servem para prejudicar a reputação do clube. “É fácil levantar acusações infundadas, mas a verdadeira prova de um dano à imagem do Botafogo seria apresentar evidências concretas, não apenas especulações vazias”, ressaltou o colunista.
As declarações de Textor, que inicialmente apontavam para benefícios ao Palmeiras, foram ampliadas com novas denúncias envolvendo jogadores do São Paulo. No entanto, até o momento, nenhuma prova substancial foi apresentada pelo mandatário do Alvinegro, deixando dúvidas sobre a veracidade de suas afirmações.
Diante desse cenário, Capelo conclamou por provas robustas que sustentem as acusações feitas por Textor, enfatizando a importância da transparência e da credibilidade no futebol brasileiro. Enquanto isso, o Botafogo segue enfrentando os impactos negativos dessas alegações, sem que haja um esclarecimento definitivo sobre o assunto.
Leia trecho da coluna na íntegra
O americano diz ter provas de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro. Dois jogos do Palmeiras teriam sofrido interferência para que o time paulista vencesse injustamente. Não posso dizer se Textor tem ou não tem as tais provas. Este é um problema dele e da polícia. Mas podemos apontar uma escolha do empresário. Ele podia ter avançado na investigação e na acusação nos bastidores, sem alarde, ou podia fazer tudo em público. Ele preferiu o bafafá.
A opção tem como efeito colateral o dano à imagem do Botafogo e, em última instância, de todo o futebol brasileiro. Coloque-se nos sapatos de um patrocinador que talvez queira botar dinheiro no clube carioca ou em qualquer outro. Você entra nessa bagunça? A manipulação de resultado equivale ao que há de mais grave no esporte. Polícia, imprensa, fofoca. Pode-se dizer de um jeito meio contábil que, neste caso, o dono do negócio decidiu depreciar o próprio ativo.
“E se ele realmente tiver provas?”, você me pergunta. Aqui cabe a distinção, portanto. Prova é mostrar que um jogador recebeu dinheiro para jogar errado: extratos bancários, contratos escusos, conversas vazadas. Se Textor tiver algo assim, a celeuma fará sentido certamente. Se as provas forem relatórios de consultorias, que se basearam naquilo que todo mundo se baseia, as imagens dos jogos, vai ficar difícil sustentar a gravidade do que se acusa. Por mais tecnológico que seja, aliás.
Cartola novo que é, o americano parece não ter entendido a mentalidade brasileira de fato. Aqui, todo mundo tem certeza de conspiração. Ano passado, por exemplo, presidentes de clubes tinham convicção de que havia um esquema para evitar que brasileiros vencessem a Libertadores. “A Conmebol acha ruim a sequência de campeões”, diziam. O Fluminense, no entanto, ganhou. Então cadê a manipulação? “Tiveram que ganhar do Boca e do árbitro”. A certeza se mantém, apesar dos fatos contrários.