O dia que o Botafogo goleou o Flamengo e fez o rival sentar em campo
Em 10 de setembro de 1944, o Botafogo humilhou o Flamengo e fez o rival sentar em campo para parar de tomar gols. Com vitória por 5 a 2 no estádio General Severiano, os jogadores do Fla desistiram da partida e protestaram em campo. O jogo teve que ser decidido na justiça.
Após o quinto gol, os jogadores rubro-negros reclamaram de que a bola não havia ultrapassado a linha após bater no travessão e descer. Como o árbitro Aristide “Mossoró” Figueira apontou para o centro do campo, resolveram sentar no gramado em forma de protesto.
De acordo com o jornalista Paulo Cézar Guimarães, que publicou o livro “Jogo do Senta: a verdadeira origem do chororô”. Na época, o único que se recusou a sentar foi o Jaime de Almeida, que era pai do ex-técnico do Flamengo. O Flamengo entrou na justiça, perdeu e o resultado final foi mantido em 5 a 2. O técnico Flavio Costa não queria que os jogadores sentassem e que teria sido ordem dos dirigentes… Muita gente diz que não aconteceu, mas, na minha pesquisa, todas as matérias de jornais da época falavam do “senta” e que os torcedores do Botafogo gritavam “senta para não perder de mais”.
As equipes entraram em campo com as seguintes formações:
Botafogo – Ari; Laranjeira, Ladislau e Ivan; Papeti e Negrinhão; Lula, Geninho, Heleno de Freitas, Valsecchi e Valter.
Flamengo – Jurandir; Newton, Quirino e Biguá; Bria e Jaime de Almeida; Nilo, Zizinho, Pirillo, Sanz e Jarbas.
Por que a camisa 7 é tão importante na história do Botafogo?; VEJA
O número 7 é o mais importante da história do Botafogo. o Botafogo tem um legado riquíssimo e já foi responsável por revelar vários talentos para o esporte bretão e que representaram o Brasil em disputas de Copas do Mundo. No clube de General Severiano, a camisa 7 é tida como instituição e traz consigo uma mística forte, combinada com uma responsabilidade grande para quem a veste.
A motivação é por que foi o número usado por Mané Garrincha, maior jogador da história do Botafogo. A história começou com o atacante Paraguaio, que em 1948 liderou o alvinegro na conquista do título carioca, após triunfar sobre o arquirrival Vasco da Gama e o seu famoso “Expresso da Vitória”.