Mudanças de técnico no fim do campeonato como a do Botafogo costumam funcionar? Veja retrospecto
A final do Campeonato Brasileiro está fervendo com uma mudança ousada no comando técnico do Botafogo. Com a contratação de Tiago Nunes, a equipe carioca aposta todas as fichas em uma arrancada que poderia redefinir o panorama do torneio.
Apesar do contrato de longo prazo, o foco imediato de Nunes são os cinco jogos finais do campeonato, nos quais o Botafogo está determinado a alcançar o título.
Botafogo busca título histórico apostando em Tiago Nunes no fim do campeonato
Atualmente em segundo lugar, com apenas dois pontos atrás do líder Palmeiras, o time tem a oportunidade de se sagrar campeão se vencer todos os jogos restantes.
Para entender o impacto histórico dessa mudança de técnico na final, o Espião Estatístico mergulhou nos últimos 10 anos do campeonato.
Os números revelam que a situação vivida por Tiago Nunes é praticamente única: a estratégia de trocar de treinador nesse estágio da competição é geralmente associada a times que lutam contra o rebaixamento.
Dentro desse contexto, alguns poucos exemplos se destacam, como Dorival Júnior em 2013 com o Fluminense e Pachequinho em 2015 com o Coritiba. Ambos conseguiram resultados positivos, alcançando o objetivo de evitar o rebaixamento.
No entanto, a busca por um título nessas circunstâncias é rara. O Flamengo em 2021 foi o único a mudar de técnico quando ainda havia chances remotas de conquistar o campeonato. No entanto, a equipe teve um aproveitamento modesto sob o comando de Maurício Souza, e o título escapou, sendo conquistado pelo Atlético-MG.
Agora, o Botafogo se prepara para enfrentar o Fortaleza no primeiro desafio rumo ao título. O confronto está agendado para a próxima quinta-feira (23), e o clube carioca, com um jogo a menos que o Palmeiras, está determinado a depender apenas de seu próprio desempenho para fazer história e se tornar campeão brasileiro.
Aproveitamento de treinadores que assumiram nas últimas cinco rodadas
ANO | TREINADOR | TIME | APROVEITAMENTO | POSIÇÃO EM QUE ASSUMIU | POSIÇÃO FINAL |
2013 | Dorival Júnior | Fluminense | 66,6% | 18º | 15º* |
2014 | Charles Fabian | Bahia | 40% | 15º | 18º |
2015 | Pachequinho | Coritiba | 66,6% | 18° | 15º |
2018 | Givanildo Oliveira | América-MG | 40% | 19º | 18º |
2018 | André Jardine | São Paulo | 33,3% | 5º | 5º |
2020 | Marcos Vizolli | São Paulo | 53,3% | 4º | 4º |
2022 | Fabrício Bento | Avaí | 46,6% | 19º | 19º |
Fonte: Espião Estatístico