Lugano não esconde o jogo e manda a real sobre o Botafogo
Lugano, multi-campeão com o São Paulo, com a seleção do Uruguai e grande jogador em diversos clubes do mundo, deu sua opinião sobre o momento do Botafogo. Agora, como comentarista esportivo, o ex-jogador utilizou de sua experiência para definir o que se passa com o Glorioso:
Futebol é inexplicável, não é matemática, é coletivo, tem muita coisa que interfere, a energia do elenco e da torcida é fundamental. Não tem maior e pior pressão que estar perto de um grande objetivo e ver que está escapando, dá pressão. É pior que estar lá embaixo, você já convive com aquilo, são pressões diferentes. A pior pressão é sentir que se está escapando oportunidade única, que estava quase garantida. O jogador começa a pensar nisso. Contra o Palmeiras, o trabalho foi muito bem mentalmente, começou com tudo, atropelou, mas a primeira interferência negativa, quando o jogador tem que reagir, é o seu ânimo real, caiu. Contra o Vasco foi igual. Atropelou o Vasco nos primeiros 20 minutos, jogou bem, mas na primeira dificuldade, o gol, o Botafogo não conseguiu reagir. O problema do Botafogo hoje é emocional, mental, é o que tem que trabalhar nessas últimas rodadas. Mas também tem lado bom, já ninguém espera tanto de você, agora são só eles. Hoje talvez seja um ponto positivo para encontrar nas derrotas que está tendo – explicou Lugano, no programa “Resenha da Rodada”, da ESPN.
Botafogo precisa do lado psicológico
Após a fala cirúrgica, Lugano ainda completou comentando mais sobre o psicológico dos jogadores:
O pior medo do ser humano, inclusive dos jogadores de futebol, é o medo de êxito. Quando você está muito perto, tem todo o fator psicológico. É difícil ver escapar. Talvez agora tirem esse medo, o elenco, o torcedor, e façam os jogos finais mais leves. É o ponto positivo da derrota, que ninguém esperava – acrescentou.
Portanto, na visão do jogador, para que o clube possa retomar suas boas atuações e com vitórias não perder o título do Campeonato Brasileiro de 2023, é preciso pensar fora do campo. No momento, o que precisa ser trabalhado é o psicológico.