Globo cravou os maiores erros de Bruno Lage no Botafogo

A passagem de Bruno Lage pelo Botafogo chegou a um fim abrupto após apenas três meses no comando do clube brasileiro. 

O treinador português, que assumiu a equipe com a missão de dar continuidade ao trabalho de Luís Castro e liderar o Botafogo em busca do título do Campeonato Brasileiro, não conseguiu conquistar a confiança do elenco e oficializou sua demissão nesta terça-feira (3).

Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Botafoguense.

Bruno Lage deixa o Botafogo após três meses no Botafogo

A trajetória de Lage no Botafogo foi marcada por altos e baixos. Apesar de ter desfrutado do apoio fervoroso da torcida na maior parte de sua gestão, a decisão de barrar Tiquinho Soares em um confronto crucial contra o Goiás gerou controvérsias. 

Apesar da má fase, a equipe ainda liderava o Brasileirão com uma vantagem de sete pontos sobre o Bragantino.

Sob o comando de Luís Castro, o Botafogo havia realizado um excelente primeiro turno, caracterizado por uma defesa sólida, um ataque veloz e a exploração das transições pelos flancos do campo.

No entanto, Bruno Lage tentou implementar mudanças significativas no estilo de jogo da equipe em um curto espaço de tempo, incluindo uma marcação em bloco alto, o que gerou dificuldades para os jogadores acostumados com a abordagem anterior em uma linha média.

A Copa Sul-Americana também se mostrou um desafio para Lage, com apenas duas vitórias, três empates e uma derrota. Sua escolha de poupar jogadores no primeiro jogo das quartas de final contra o Defensa y Justicia, no Nilton Santos, foi alvo de críticas da torcida, e o Botafogo acabou sendo derrotado na Argentina.

Após uma derrota para o Flamengo, Lage surpreendeu a todos ao colocar seu cargo à disposição em uma entrevista coletiva, alegando que havia uma pressão excessiva sobre os jogadores e que sua atitude era uma tentativa de aliviar essa pressão.

As mudanças implementadas por Lage quebraram a promessa inicial de uma transição suave do estilo de jogo de Luís Castro, que havia deixado a equipe na liderança do campeonato. Entre suas decisões polêmicas estavam a tentativa de transformar Tchê Tchê em um meia pelo lado direito e a promoção de Gabriel Pires e Gustavo Sauer como titulares.

A gota d’água para Lage foi a decisão de deixar Tiquinho Soares no banco no jogo contra o Goiás, o que resultou em vaias da torcida e um coro de insultos ao treinador. A relação já desgastada com a torcida se deteriorou ainda mais, e Lage deixou o campo sendo chamado de “burro”.

A notícia da decisão de Lage de barrar Tiquinho Soares pegou todos de surpresa no clube e não foi bem recebida pelo elenco, que tinha o centroavante como uma figura querida e uma referência técnica no time.