Ex-diretor revela que técnico sensação do nosso futebol quase dirigiu o Botafogo
O ex-diretor do Botafogo, Eduardo Freeland, revelou que o Botafogo quase contratou o técnico Juan Pablo Vojvoda, em 2021, para a disputa da Série B, antes de fechar com Marcelo Chamusca. Atualmente no Bahia, o dirigente contou em entrevista ao “Glorioso Connection” que o treinador argentino esteve na lista do Glorioso.
No entanto, o dirigente explicou na entrevista que precisava de um treinador que conhecesse a competição nacional. “Antes do Marcelo Chamusca, sim. Curiosamente, Vojvoda foi um nome que discutimos, mas não fomos no mercado. Tínhamos muito receio de trazer um gringo para uma competição que tinha particularidade e pouca visibilidade. Vojvoda não a conhecia. Não foi só ele, foram alguns nomes, como Becacecce, que era difícil e estava em alta. Mas era importante ter alguém que entendia a competição. O Vojvoda poderia certo, pelo que ouço falar hoje, do trabalho no Brasil, no Fortaleza, na primeira divisão, são relatos positivos”, explicou o executivo.
“Mas não tinha essas informações tão precisas na época. Era uma margem de erro muito alta, preferi uma menor. Mas sempre há margem. Acabamos optando por alguém mais caseiro. O mundo vê a Série A, mas a Série B não. Fazia mais sentido ser caseiro.”
Na época, Chamusca não teve sucesso no Botafogo, sendo eliminado precocemente do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil. Foi o momento mais tenso. Quando você recebe a torcida, perde controle do que vai acontecer. É óbvio que ela está pleiteando melhora, estávamos mais perto do Z-4 do que do G-4. Mas a chegada da torcida não acelerou ou foi determinante para a demissão. Estávamos pensando na forma. Com Chamusca, tivemos um Estadual irregular e caímos na Copa do Brasil para o ABC”, explicou.
“Ele tinha aprovação alta antes, mas não nos classificamos entre os quatro no Carioca. Ali começamos a discutir permanência ou não. Mas tínhamos um hiato de quase 60 dias sem contratação, foi uma das discordâncias minha com o Jorge Braga, porque aquilo causava impacto na performance da equipe. O que foi discutido antes de começar a Série B era que não era justo transferir tudo para o treinador, nós tínhamos responsabilidade. O que sugeri foi primeiro entregar os jogadores para avaliarmos o trabalho e depois tomarmos a melhor decisão.”
O dirigente ponderou que o time que Chamusca comandou foi diferente do que terminou a competição como campeão. “Tivemos reforços, como Chay, Oyama, Daniel Borges, Barreto, Diego Gonçalves. Naquele momento, começamos a Série B bem, depois temos a primeira derrota, entramos em oscilação acentuada, perdemos dois jogos, vamos para décimo colocado. Antes de jogar com o Cruzeiro, fazemos uma reunião, uma coisa era performance, outra era o resultado. As duas não estavam boas. Se vencêssemos o Cruzeiro jogando bem, daríamos uma sobrevida. Se não vencêssemos, iríamos reavaliar”, disse.
“Não podia ser no achismo, tinha nome no mercado? Não acho certo demitir antes de ter alguém em mente. Tomamos a decisão na terça, fizemos a decisão do profissional e definimos o Ricardo Resende para dirigir. Foi esse o timing. Sou muito contrário a tomar decisão no calor do momento, na emoção. Temos que ser o mais frio, às vezes perder um dia você ganha a temporada.”
Ranking mostra um retrato do Botafogo na temporada 2022
A temporada de 2022 foi de transformações para o Botafogo. Com mais dinheiro em caixa pela chegada da SAF, comandada por John Textor, o Glorioso viveu janelas de transferências com muitas chegadas, sucessos, baixas e momentos de oscilações. As informações são do portal ge.
Assim, é possível separar inúmeras estatísticas do Botafogo para avaliar quais jogadores renderam e merecer ficar e outros que foram pouco aproveitados. O técnico Luís Castro e sua comissão técnica deve está de olho para planejar o próximo ano.