Comentarista revela como o Botafogo pode resolver eliminação da Sul Americana

O Botafogo enfrentou um revés amargo nas quartas de final da Copa Sul-Americana-2023, sendo eliminado pelo Defensa y Justicia (ARG) com uma derrota por 2 a 1. 

O confronto decisivo ocorreu nesta quarta-feira (30), no território argentino, e expôs as limitações do time alvinegro.

Botafogo é eliminado da Copa Sul-Americana-2023 nas quartas de final após derrota para o Defensa y Justicia

Atuando com um elenco mesclado, o Botafogo teve dificuldades durante toda a partida, como enfatizou o comentarista Carlos Eduardo Mansur no programa “Troca de Passes”, transmitido pelo SporTV. 

“O Botafogo teve algumas dificuldades no primeiro tempo, teve algumas oportunidades, teve seus momentos, mas a questão era que tinha características diferentes do Brasileiro. Não conseguia ter recuperação rápida de bola, não tinha tanta vitalidade para defender, mas fundamentalmente essa formação de meio-campo não deu agilidade na hora de ter a bola. Quando empatou, o Botafogo não estava bem, levar 1 a 1 era bom pelo momento do jogo. Mas com Danilo Barbosa e Marlon Freitas a bola não andava tão rápido, o time tinha dificuldade, não se defendia bem nem jogava no seu ritmo”, explicou Mansur.

“Bruno Lage faz mudança no intervalo, como Mateo Ponte no lugar do Di Placido, que não foi bem. Aí coloca Segovinha e Gabriel Pires, mas passa a ter o meio sem Danilo e Marlon. Muita coisa foi feita pensando no Campeonato Brasileiro, até porque essa mudança, talvez para tentar fazer o meio jogar mais, gerou muitas dificuldades. O meio ficou bastante fragilizado. Foi talvez esse momento que custou o jogo, se desequilibrou com substituições “, frisou o comentarista.

Apesar da eliminação e do impacto negativo resultante deste jogo, Mansur acredita que o saldo geral dessa derrota pode não ser tão profundo. Contudo, ele ressalta que o treinador Bruno Lage enfrenta uma tarefa pendente no que diz respeito à resolução de questões internas da equipe, que vão além da mera eliminação do torneio.

“O Botafogo tem tudo para ser campeão brasileiro, a temporada é espetacular. Bruno Lage gosta de um ponta por um lado e um meia pelo outro. Quem tinha se estabilizado ali era o Gustavo Sauer, hoje tem poucas opções. Segovinha ainda não parece esse jogador com total confiança, o Tchê Tchê é diferente a característica, não traz tanto para dentro. Não vem para ser o articulador, o jogador de último passe. Algo que Bruno Lage tinha começado a construir se perdeu um pouco. Vamos ver como isso vai sendo resolvido. Se fecha o ano com título brasileiro, o jogo de hoje é uma memória distante para a torcida“, completou.