Comentarista cravou que Botafogo vai deixar Flamengo e Palmeiras para trás
Rodrigo Mattos, colunista do “UOL”, levantou críticas contundentes sobre as recentes declarações de John Textor a respeito da conformidade do Botafogo com as regras de fair play financeiro europeu.
Em uma live transmitida na quinta-feira (5), Mattos contestou a alegação de Textor de que o clube carioca está em conformidade com as regulamentações financeiras da UEFA. Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Botafoguense.
Rodrigo Mattos critica John Textor e questões do fair play financeiro no Botafogo
Mattos destacou que a discussão sobre fair play financeiro não é uma novidade e já se arrasta há mais de uma década. “A questão do fair play financeiro não está sendo discutida agora por causa do Botafogo. É uma discussão de 15 anos que a CBF e os clubes constantemente adiam”, afirmou Mattos. Ele lembrou que a CBF engavetou projetos que poderiam ter avançado a legislação, como o elaborado por Cesar Grafietti, que já incorporava aspectos da normativa europeia.
O colunista criticou a abordagem de Textor, argumentando que o Botafogo está gastando uma quantia excessiva em contratações, o que vai contra o princípio de investir apenas o que é gerado pelo próprio futebol.
“O Botafogo gastou entre R$ 360 milhões e R$ 390 milhões em contratações este ano, quase igualando sua receita do ano passado, que foi de R$ 390 milhões”, apontou Mattos. Segundo ele, a nova regra de fair play europeu, que começará a valer na temporada 2024/2025, impõe limites mais rigorosos para gastos, reduzindo-os progressivamente para 70% da receita.
Mattos também criticou a flexibilidade que Textor estaria buscando para limitar os gastos apenas com salários, sem considerar as transferências. Ele sugere que a construção de um modelo sustentável para a SAF deve levar em conta investimentos mais equilibrados e a necessidade de estruturação a longo prazo, em vez de focar apenas em gastar grandes quantias para resultados imediatos.
“A ideia é garantir que clubes como o Botafogo se estruturem e paguem suas contas, e não simplesmente despejem dinheiro para competir acima de suas possibilidades”, concluiu Mattos, enfatizando a necessidade de uma regulação mais robusta para evitar distorções no mercado financeiro do futebol.