Chefão do Botafogo não deu para trás e respondeu dirigente do Flamengo
Em participação no painel sobre redes multiclubes no Summit CBF, evento realizado em São Paulo, o CEO do Botafogo, Thairo Arruda, fez uma defesa contundente do modelo de contratações adotado pelo clube alvinegro.
Durante a palestra, ele comparou a estratégia financeira do Botafogo a um financiamento imobiliário comum, destacando a viabilidade do clube de honrar seus compromissos. Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Botafoguense.
CEO do Botafogo, Thairo Arruda, defende modelo de contratações e rebate críticas sobre finanças
A fala de Thairo ocorreu horas antes do jogo decisivo contra o Palmeiras no Campeonato Brasileiro. O executivo aproveitou para responder à crítica recente do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que questionou o fato do Botafogo gastar mais do que arrecada. Landim havia apontado que o clube alvinegro tem uma receita de R$ 400 milhões, mas chegou a gastar cerca de R$ 600 milhões.
“Imagina um profissional que ganha R$ 20 mil por mês e compra um apartamento de R$ 500 mil. Ele paga R$ 100 mil à vista e financia o restante. Com isso, ele paga uma parcela de R$ 4 mil por mês, o que cabe no orçamento dele. Mas, ao longo dos anos, ele pode ter um aumento de salário ou vender o imóvel para adquirir um novo. O financiamento é uma forma de viabilizar esse tipo de transação, e isso é o que fazemos no Botafogo”, explicou Arruda, frisando que a estratégia está alinhada com a capacidade de pagamento do clube, não com o montante gasto.
Thairo também reforçou a importância do Fair Play Financeiro, mas com uma perspectiva diferente da proposta por Landim. Segundo ele, a implementação correta do modelo no Brasil deve focar no controle da capacidade de pagamento e não limitar os gastos dos clubes. “O Fair Play deve se preocupar em garantir que o clube pague seus compromissos, não limitar quanto ele pode gastar”, completou.
Em relação à recente mudança no Botafogo, Arruda mencionou o apoio da torcida à transformação promovida pela gestão, com ênfase no investimento no departamento de scout e em uma nova forma de ver e sentir o clube. “Os torcedores entendem que os últimos 30 anos foram difíceis, e estamos entregando uma nova perspectiva para eles”, concluiu.
Essa abordagem vem reforçar a posição do Botafogo como um clube em transição para uma gestão mais moderna e profissional, alinhada com as exigências do futebol contemporâneo.