No último sábado (30), o Botafogo conquistou a Copa Libertadores de 2024, derrotando o Atlético-MG por 3 a 1 no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. O gol que garantiu a vitória histórica no último minuto da partida foi marcado por Júnior Santos, o artilheiro da competição, que também fez o primeiro gol do Glorioso no torneio.
Em entrevista exclusiva ao Lance!, o atacante compartilhou sua emocionante trajetória de superação até alcançar o auge de sua carreira. Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Botafoguense.
Júnior Santos fala sobre superação e título inédito da Libertadores pelo Botafogo: “Meu pai sempre foi minha inspiração”
Natural de Conceição de Jacuípe, na Bahia, Júnior Santos não imaginava que um dia se tornaria jogador de futebol. Aos 20 anos, ele trabalhava como pedreiro com o tio, mas decidiu abandonar essa vida para tentar a sorte como atleta em Salvador.
Começou jogando no futebol amador, recebendo R$ 50 por partida, enquanto trabalhava de servente. Com o tempo, o jogador foi se destacando e seu valor por jogo foi subindo, até que decidiu se dedicar exclusivamente ao futebol.
“Eu sempre tive esse sonho e fui atrás dele. O início foi complicado, de muita superação, mas sempre acreditando que as coisas poderiam acontecer”, contou o artilheiro. A virada na sua carreira aconteceu quando conheceu seu empresário, Edivaldo Ferraz, em 2017. Ferraz, que inicialmente se interessou por Júnior quando o jogador estava prestes a desistir do futebol, o levou ao Ituano, onde o atacante brilhou no Campeonato Paulista e logo foi cobiçado por grandes clubes.
Júnior seguiu sua jornada, passando por equipes como Ponte Preta e Fortaleza, até conquistar destaque internacional no Japão. De volta ao Brasil, chegou ao Botafogo, onde se consolidou como o grande nome da campanha vitoriosa na Libertadores. O gol que garantiu o título foi o décimo do atacante na competição, tornando-o o maior artilheiro do Botafogo na história da Libertadores.
O título representa uma grande conquista na carreira de Júnior Santos, que passou por uma lesão de cinco meses antes de brilhar na reta final da temporada. “Representa toda uma história de superação. Vejo isso como um exemplo para as pessoas acreditarem nos seus sonhos”, declarou emocionado.
Júnior também falou sobre a figura de seu pai, seu maior inspirador, que faleceu em 2021 e não pôde ver o filho alcançar o sucesso. “Ele sempre me disse para seguir tentando, pois as coisas iriam acontecer”, relembra o atacante, com os olhos cheios de emoção.
Agora, com o título da Libertadores, Júnior Santos e o Botafogo têm mais um desafio pela frente: na próxima quarta-feira (4), o time enfrenta o Internacional no Campeonato Brasileiro, com a chance de conquistar mais um título caso o Palmeiras perca para o Cruzeiro.
Com 30 anos, o atacante vive o auge da sua carreira, carregando não apenas o peso da superação pessoal, mas também a esperança de muitos que veem sua história como um exemplo de persistência e fé no futuro.
