Botafogo se envolvolveu em treta com Vasco e Fluminense e agora vai ter que se explicar

Uma recente decisão judicial pode afetar significativamente a publicidade dos clubes de futebol no Rio de Janeiro, incluindo o Vasco da Gama. 

Em um ofício enviado às operadoras de telefonia no mês passado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) solicitou o bloqueio de mais de 100 sites de apostas que operam sem a licença da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Botafoguense.

Decisão judicial pode impactar publicidade dos clubes de Futebol no Rio de Janeiro

A medida foi tomada após a Loterj ajuizar uma ação em maio, pedindo à Anatel que bloqueasse o acesso a sites de apostas não licenciados. A petição foi atendida pelo desembargador Pablo Zuniga Dourado do Tribunal Regional Federal da Primeira Região em 30 de junho. 

Entre os sites bloqueados está a Betano, atual detentora dos naming rights do Brasileirão 2024. Além do bloqueio dos sites, a decisão proíbe empresas não cadastradas de exibir suas marcas em uniformes de clubes e placas de publicidade em estádios do Rio.

Dentre os clubes da Série A do Rio, apenas o Flamengo tem um patrocínio de uma casa de apostas regularizada, a Pixbet, com um contrato de R$ 105 milhões para 2024. O Vasco da Gama, que fechou um contrato de patrocínio master de R$ 47 milhões com a Betfair para 2024, vê o acordo ameaçado pela nova regulamentação. Da mesma forma, o Botafogo e o Fluminense, patrocinados pela Parimatch e Superbet, respectivamente, enfrentam complicações, pois essas empresas também não estão regularizadas.

Especialistas em compliance, como Gustavo Nadalin, ressaltam a importância de uma investigação aprofundada na escolha de parceiros comerciais, especialmente em um cenário de regulamentação recente e incerta, como o das apostas esportivas no Brasil. 

A ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias) criticou a decisão da Loterj, alegando que ela contraria a lei nacional que regulamenta o setor e destaca a insegurança jurídica enfrentada pelas empresas durante o período de transição, que vai até o fim de 2024.