Seneme tem chance de ser demitido da CBF?
Numa reviravolta surpreendente, o Botafogo e John Textor podem estar redesenhando o futebol brasileiro. O depoimento de Wilson Seneme, presidente da Comissão Nacional de Árbitros, caiu como uma bomba na CPI do Futebol. Mais do que isso, complicou a situação do ex-árbitro dentro da entidade.
De acordo com fontes ligadas ao assunto, sua posição agora é incerta, algo impensável dado o respaldo de Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Botafoguense.
Botafogo complica CBF na CPI do Futebol. Posição de Seneme fica instável
O cerne do depoimento de Seneme foi sua revelação de que nem todos os frames do VAR (Árbitro de Vídeo Assistente) são transmitidos para o campo. Aos olhos de muitos senadores, isso abre a possibilidade de manipulação de resultados no futebol brasileiro. O senador Carlos Portinho falou abertamente sobre o assunto após a sessão da CPI.
“A importância que vejo na acusação de Textor, que parece confirmada, é que nem todos os frames são enviados para o campo. Isso é grave porque poderia ter acontecido em muitas outras partidas, com o VAR selecionando as imagens que quer enviar para o campo. É uma questão técnica; Seneme precisa se aprofundar nisso. Pode ter sido por erro, pode ter sido desnecessário, mas também pode ter acontecido em muitos jogos em que a cabine do VAR enviou imagens seletivamente. Hoje, com apostas envolvidas, o futebol não pode se dar ao luxo de deixar portas abertas. O papel da CPI é fechar todas as portas“, afirmou Portinho durante uma coletiva de imprensa.
Vale ressaltar que a declaração de Seneme vem pouco depois de Textor apresentar imagens da expulsão de Adryelson na derrota do Botafogo por 4 a 3 para o Palmeiras. O vídeo indica claramente para muitos que houve um erro de arbitragem na expulsão do jogador.
A postura de Seneme durante a sessão da CPI levantou preocupações entre alguns senadores. Dois deles viram com desdém a comparação do ex-árbitro entre dois árbitros e os lendários do futebol Bebeto e Romário. Seneme fez essa comparação ao tentar explicar por que os árbitros Raphael Claus e Daiane Muniz eram frequentemente escalados juntos.
“Tenho certeza de que a dupla Bebeto e Romário não foi formada dias antes da Copa do Mundo de 1994″, disse Seneme.
Alguns dirigentes da CBF sentem que Seneme se saiu mal durante seu depoimento na CPI, o que poderia resultar em problemas desnecessários para a organização. É especialmente preocupante o fato de que alguns senadores já estão discutindo a necessidade de aprofundar as investigações.
Além disso, há uma crença entre alguns de que uma mudança na liderança da arbitragem e a escolha de uma figura mais proeminente poderia melhorar a imagem da Comissão Nacional de Árbitros. A realidade é que Seneme enfrenta um sério risco de perder o emprego.