História do Esquadrão Imortal do Botafogo
Conheça a história por trás do Esquadrão Imortal do Botafogo, que encantou os torcedores alvinegros e criou amantes do futebol ao redor do país e do mundo. O Glorioso é uma das equipes mais tradicionais de todo o cenário mundial, ou “O Mais Tradicional”, muito por conta de tudo que construiu em seu passado, ajudando também o Brasil a ser visto como o País do Futebol.
Sendo uma das equipes mais antigas do Rio de Janeiro, criado nos primeiros anos do século passado, o time carioca traz consigo alguns memoráveis elencos que fizeram história ao redor do país e do mundo. Um deles, no entanto, acabou se destacando ainda mais. Não só pelos títulos conquistados para a agremiação, mas também por tudo aquilo que seus jogadores faziam em campo.
O Esquadrão Imortal do Botafogo foi o time baseado entre os anos de 1957 e 1964. Encabeçada por alguns dos maiores jogadores de todos os tempos em suas posições, o elenco alvinegro era abençoado pelo goleiro Manga, o lateral-esquerdo Nilton Santos, o meia Didi e os atacantes Quarentinha e Garrincha, possivelmente o segundo melhor jogador brasileiro de todos os tempos, além de outros grandes ídolos mundiais.
A participação do time em copas, inclusive, acaba se destacando em cima da de diversos rivais nacionais, como Corinthians, Atlético, entre outros, se igualando apenas ao do Santos, outro lendário time que também encantou o mundo naquela época.
Esquadrão Imortal do Botafogo fez sucesso na Seleção
Para ilustrar a importância do plantel Glorioso na época em questão, o time, junto do Santos, servia como base para a Seleção Brasileira, cedendo diversos jogadores para as Copas do Mundo de 1958 e 1962, que marcaram as primeiras vezes em que o país chegou ao topo do esporte global.
Vale ressaltar, inclusive, que Didi foi eleito o melhor jogador do mundial de 58, batendo nomes históricos como o do próprio Pelé. Além disso, quatro anos depois, no bicampeonato, foi Garrincha o escolhido como o atleta de destaque do torneio, mostrando que a participação dos atletas do Esquadrão Imortal do Botafogo era essencial dentro da Canarinho.
Confira o time base que encantou o país: Manga (Adalberto); Paulistinha, Tomé (Jadir), Zé Maria e Nilton Santos (Rildo); Airton e Pampolini (Édison); Garrincha, Didi, Quarentinha (Amarildo) e Zagallo (Paulo Valentim). Técnicos: João Saldanha (1957-1959), Paulo Amaral (1960-1961), Marinho Rodrigues (1961-1963) e Geninho (1964).
Quantos títulos o Esquadrão Imortal do Botafogo conquistou?
Além de diversas taças importantes no cenário internacional, o Esquadrão Imortal do Botafogo conseguiu conquistar seis títulos oficiais de grande relevância. O time alvinegro entre aqueles anos se sagrou Bicampeão do Torneio Rio-SP (1962 e 1964), Campeão do Torneio de Paris (1963) e Tricampeão Carioca (1957, 1961 e 1962).
Além disso, uma boa base do elenco que se montou durante esses anos dourados também foi responsável por outro título de grande relevância para a história do Glorioso. Em 1968, a equipe viria a conquistar a Taça Brasil, considerado o primeiro título nacional do Mais Tradicional.
Alguns desses títulos, inclusive, contam com histórias épicas e grandes feitos alcançados pelo time carioca. Em 1957, comandada por João “Sem Medo” Saldanha, o Glorioso conseguiu o título carioca em cima do Fluminense de Castilho, Pinheiro, Telê Santana e Escurinho. Na época, o baile foi gigantesco, com um sonoro 6 a 2 se tornando a maior goleada em uma final de campeonato carioca.
Em 1961 e 1962, o Esquadrão Imortal do Botafogo voltou ao topo do estado ao vencer em duas decisões seguidas o Flamengo, ambas por 3 a 0. Na primeira edição, Amarildo marcou duas vezes e China outra. Já no ano seguinte, Garrincha marcou duas vezes, logo após ser herói da Copa do Mun, e Vanderlei, contra, fechou o placar.
Outro fato curioso foi a taça ‘dividia’ de 1964 no Torneio Rio-SP. Na partida de ida da final, o Glorioso venceu o Santos por 3 a 2, mas a volta precisou ser cancelada por conta dos compromissos internacionais de ambas as equipes. Sendo assim, as Federações decidiram dar a taça para os dois lados, mesmo com os cariocas vencendo o primeiro jogo.