Textor encerra suspense e conta tudo sobre áudio do árbitro
John Textor, o proprietário da SAF do Botafogo, novamente colocou em pauta o suposto áudio que indicaria um caso de corrupção envolvendo um árbitro do futebol brasileiro.
Em um vídeo divulgado no próprio site do clube, no sábado à noite, o empresário norte-americano afirmou que a gravação foi autenticada. Ele detalhou que o jogo em questão pertenceria a uma “divisão menor” e que o árbitro em destaque tem sotaque carioca.
John Textor, do Botafogo, levanta suspeitas de corrupção em áudio de árbitro e analisa possível manipulação em jogo do Palmeiras em 2022
Além disso, Textor assegurou que o áudio não está relacionado a nenhum jogo envolvendo o Botafogo ou a Série A do Campeonato Brasileiro. O vídeo, com 14 minutos de duração, apresenta Textor discorrendo sobre a necessidade de aprimorar o futebol.
“No vídeo, recebi uma gravação de um funcionário vinculado à CBF. Foi autenticada e validada por autoridades de confiança, não por jornalistas ou agentes. Estas evidências foram compartilhadas com a polícia e autoridades governamentais por um ano. O incidente ocorreu em uma divisão menor, um jogo que nos é familiar. Temos registros autenticados que corroboram. A gravação retrata um árbitro lamentando a perda de dinheiro, pois o jogo que ele tentava manipular não ocorreu conforme suas tentativas de influência. Ele foi específico: concedeu um minuto extra no relógio e marcou um pênalti inexistente, que resultou na bola batendo na trave. O áudio apresenta um sotaque carioca, o que nos permite identificar o árbitro“, afirmou Textor.
Em um vídeo divulgado na quarta-feira, após a vitória do Botafogo sobre o RB Bragantino na Conmebol Libertadores, Textor alegou possuir gravações de “juízes reclamando de não receberem propinas”.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deu um prazo de três dias para o executivo apresentar evidências, sob pena de ser punido com até 360 dias de suspensão e multa de R$ 100 mil em caso de negativa.
Textor, no vídeo do sábado, revelou que uma investigação sobre corrupção já estava em curso na CBF antes de suas revelações. Nesse contexto, o empresário mencionou um jogo envolvendo o Palmeiras que estava sob análise, mas ressaltou que não fez acusações diretas.
“Na época da gravação, que estava nas mãos do governo, havia um relatório sobre manipulação de resultados, que também foi produzido e compartilhado. Acreditamos que este relatório foi enviado para a CBF. Não tenho conhecimento das partes envolvidas. O relatório de manipulação de resultados está relacionado a um jogo em 2022 entre Palmeiras e Fortaleza. Parece que o Palmeiras não estava envolvido. Essas evidências foram submetidas à CBF, mas desconheço quem esteja envolvido“, explicou Textor.
O empresário também ponderou sobre o papel das casas de apostas, sugerindo que podem estar ligadas à manipulação de resultados. Ele destacou a importância de investigar atividades suspeitas relacionadas ao futebol.
“Tenho evidências de manipulação de resultados e estamos analisando casos anteriores em que o Botafogo poderia estar envolvido. Não estou chorando, estou fazendo o melhor que posso para contribuir. É importante investigar a atividade de apostas suspeitas, pois onde há manipulação constante, há muita atividade suspeita de apostas. É isso que nossas evidências mostram“, concluiu Textor.