O técnico Tiago Nunes expressou sua frustração após o empate do Botafogo em 1 a 1 contra o Coritiba, no jogo disputado nesta quarta-feira (29) no Couto Pereira, durante a antepenúltima rodada do Brasileirão-2023.
A discussão principal girou em torno do tempo de acréscimo concedido pelo árbitro Rodrigo José Pereira de Lima, que resultou no gol de empate do Coritiba aos 54 minutos, quatro minutos após o período de acréscimo indicado.
Tiago Nunes aponta prejuízo do Botafogo por decisões arbitrais no empate contra o Coritiba
Nunes enfatizou a falta de clareza no critério utilizado para estender o tempo de jogo, apontando para o fato de que o pênalti, que levou ao gol do Botafogo aos 49 minutos e 51 segundos, sugeriria a necessidade de apenas mais nove segundos.
O treinador expressou perplexidade diante da extensão arbitrária do jogo, destacando que essa decisão não seguiu um padrão lógico.
“Tenho dúvidas quanto ao critério utilizado para o acréscimo, já que o árbitro acrescentou cinco minutos, e o pênalti foi marcado com 49 minutos e 51 segundos. Ou seja, faltavam apenas nove segundos. Dentro do meu conhecimento, não consigo compreender o critério adotado. Não faz sentido prolongar o tempo de jogo devido à comemoração, pois, nesse caso, ele também deveria ter estendido após o gol do Coritiba. Parece-me evidente: se o pênalti é cobrado, o jogo termina“, declarou Nunes durante a coletiva.
Apesar da contestação arbitral, o técnico não eximiu seus jogadores e a comissão técnica de responsabilidade pelo resultado.
Ele destacou que a continuidade do jogo após o período de acréscimos indicado pelo árbitro afetou o comportamento da equipe, que estava confiante no encerramento da partida após o gol marcado.
“A continuação do jogo após o tempo estabelecido influenciou até mesmo a postura dos jogadores. Estávamos convictos de que o jogo terminaria com nosso gol. Talvez não tenhamos nos preparado para resistir a um ou dois ataques adicionais do Coritiba. Defensivamente, estávamos completamente desestruturados, com jogadores ofensivos e mudanças táticas inusitadas. Mas isso não nos exime de responsabilidade. Não nos preparamos para defender mais alguns bons ataques. Infelizmente, sofremos outro gol no final, de maneira quase cinematográfica, e vimos a dificuldade em manter a disputa pelo título, especialmente com a vitória do Palmeiras“, lamentou o técnico.
A contestação de Tiago Nunes quanto ao tempo de acréscimo se soma às discussões recorrentes sobre a interpretação e aplicação das regras por parte dos árbitros, adicionando mais uma camada de polêmica em meio à final do campeonato.
